
METODOLOGIA DO PROFILE
1 ELEMENTOS DO PROFILING
a) Análise da cena do crime
b) Análise do perfil vitimológico específico
c) Análise dos elementos das Ciências Legais
2 MODELOS DE CLASSIFICAÇÃO
a) Tipo de autor homicídio(s)
b) factores espaço/tempo
c) Grau de vítima em risco
d) Grau de risco tomado pelo criminoso
e) Escalada criminal
f) Crime narcísico-sexual organizado, desorganizado ou misto
3 SÍNTESE DOS ELEMENTOS RECOLHIDOS (avaliação do crime)
a) Assinatura psicológica e modus operandi
4 PERFIL CRIMINAL
a) Sexo e raça
b) Idade
c) Perfil caracteriológico
d) situação familiar e relações sentimentais
e) Vida social, escolaridade e serviço militar
f) Antecedentes e pontos fortes da Biografia
g) Criminosos conhecidos similiares
h) Perfil fisico
5 DETENÇÃO
MÉTODO (MONTET) MAIS CORRECTO E USADO PELA CRIMINAL INVESTIGATIVE ANALYSIS (CIA)
LOCAL DO CRIME
ISOLAMENTO E PRESERVAÇÃO DO LOCAL
a) Considerações iniciais
b) O maior dos problemas e o mais grave para uma perícia eficaz é nos locais onde ocorrem crimes pois a preocupação em isolar e preservar adequadamente o local da infracção ou delito é quase inexistente para garantir as condições de se realizar um exame de perícia da melhor forma possível.
EXISTEM 3 FASES DISTINTAS E PROBLEMÁTICAS:
1. Compreende-se o período entre a ocorrência do crime até à chegada do primeiro elemento policial. Esse período é o mais grave de todos, pois ocorrem diversos problemas em função da curiosidade natural das pessoas em verificar de perto o ocorrido, além do total desconhecimento por parte das mesmas pelo possivel dano que puderão causar pelo facto de se deslocarem no local do crime.
2. Compreende-se o período desde a chegada do elemento policial até ao comparecimento da Polícia Técnica. Esta fase, apesar de nao ser tão grave como a anterior, também apresenta muitos problemas pela falta de conhecimento técnico e cientifico de alguns policiais relativamente à importância que representa o local do crime bem isolado e adequadamente preservado. Por essa mesma razão, em muitas situações, deixam de observar (praticar) regras primárias (básicas) que poderiam colaborar decisivamente para o sucesso de uma perícia bem conseguida.
3. Fase não menos importante do que as anteriores, é aquela desde o momento que o elemento policial já está no local, até à chegada da Polícia Técnica. Também nessa fase, ocorrem diversas falhas, em função da pouca atenção e da falta de percepção (em muitos casos), da autoridade quanto à importância que representa para os mesmos, um local bem preservado, o que irá contribuir para o conjunto final das investigações, da qual são os responsáveis pela realização do inquérito
INSPECÇÃO AO LOCAL DO CRIME
MÉTODO
Características de um investigador criminal:
- Isenção
- Boa observação
- Precisão
- Objetividade
- Não ter opiniões pessoais
- Profissionalismo
- Honestidade
- Bom senso
- Humildade
- Trabalhar por gosto
- Espírito crítico
- Perspicácia
- Independência intelectual imparcial
- Humano (espírito de cooperação)
- Imaginação e criatividade
- Talento
ANALÍSE DO CRIME
A COMUNICAÇÃO
Não se pode dizer que há crime sem comunicação, pois é esta que permite que haja o conhecimento do facto punível. Face à comunicação, impõe-se registar certas informações para adotar um certo comportamento.
COMUNICAÇÃO
INFORMAÇÃO
Tipo de crime
elementos
subtipos
competências
DATA / HORA
da comunicação
do facto
LOCAL
perspetiva policial
perspetiva legal
nome do comunicante
nome do comunicante / ofendido
Modo de comunicação:
crimes públicos
crimes particulares
COMPORTAMENTO
Recomendações quanto ao local
preservação
isolamento
confirmação do fato.
DESLOCAÇÃO
A deslocação consiste no transporte do investigador até ao local (conhecido a partir da comunicação).
LOCAL
DISTRIBUIÇÃO DE TAREFAS
GESTÃO DO TEMPO - gestão dos meios utilizar - gestão do pessoal
IMEDIATAS
QUANTO AO LOCAL - isolamento da área – preservação -controlo
QUANTOS AS PESSOAS - verificação da morte - apoios aos feridos
EXECUÇÃO DAS TAREFAS
REFERENTE ÀS PESSOAS
IDENTIFICAÇÃO DOS PRESENTES
ENTREVISTA - comunicação da pessoa ofendida - testemunhas - outros
RECOLHA DE INFORMAÇÃO
REFERENTE AO LOCAL
REGRAS DE COMPORTAMENTOS - observação do local – fotografia
BUSCAS
localização / sinalização – recolha / preservação – transporte
INTERPRETAÇÃO DOS VESTÍGIOS
recriação da cena do crime – croquis - relatório
O LOCAL DO CRIME É ESSENCIAL NO PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO.
Este tem tanto de impreciso como de importante.
Impreciso porque com o decorrer das investigações, o local do crime pode ser alargado, até dimensões nunca antes imaginadas. Importante pois é dele, que depende a estratégia a adotar no decorrer da investigação.
1 - DISTRIBUIÇÃO E EXECUÇÃO DE TAREFAS
As execuções das tarefas que constituem a inspeção ao local não podem ser desenvolvidas independentemente. É, por isso, necessário elaborar um plano das tarefas tendo em conta a gestão do tempo e dos recursos.
Na execução de tarefas, podemos identificar, como já foi possível ver no esquema em cima representado, 3 tipos referentes a vários conteúdos;
1. Tarefas imediatas
2. Tarefas referentes ao local
3. Tarefas referentes às pessoas
(As duas últimas devem desenvolver-se simultaneamente, a numeração é só por uma questão de organização).
1. TAREFAS IMEDIATAS
Estas tarefas dizem respeito ao local e são compostas pelo isolamento, preservação e controlo do local.
2. TAREFAS REFERENTES AO LOCAL
Depois de isolado o local, procede-se às tarefas referentes ao local. Destas, consta, o conjunto de tarefas a que se pode chamar inspeção ao local.
REGRAS BASE:
- Nada do local do crime deve ser alterado. A única exceção à regra será a que resulta da necessidade de manter a vida da/s vítimas, logo toda e qualquer modificação deve ser devidamente apontada e referida, posteriormente, no relatório;
- Não utilizar o telefone do local;
- Controlar os hábitos pessoais como fumar e utilizar a casa de banho.
QUANTO ÀS TAREFAS PROPRIAMENTE DITAS:
a) Observação global do local – destina-se a permitir formular uma ideia geral da situação;
b) Fotografia – os motivos para a “fixação” da cena são vários, desde as alterações que o local pode sofrer por Acão humana ou da natureza até à possibilidade de, posteriormente, permitir descobertas que inicialmente tinham passado despercebidas;
c) Busca – localização de vestígios materiais (cadáveres, manchas de sangue e outras, pelos, cabelos, armas, pólvora, impressões digitais, pegadas, etc.), para tal é necessário seguir algumas regras:
- Saber o que se procura;
- Aplicar o esquema de busca mais adequado ao terreno
- não passar de uma zona de busca para outra sem ter esgotado a procura no primeiro local;
- Iniciar a busca pelo chão, prosseguir no sentido vertical até à altura do peito e por fim da altura do peito até ao teto.
d) Interpretação dos vestígios – relacionar a localização e tipo de vestígios com o tipo de crime praticado no local da inspeção;
e) Recriação da cena do crime – depois de relacionados os vestígios, deve tentar-se recriar a cena;
f) Croquis e relatório – croquis são os apontamentos gerais que se tirou na observação do local e que serão uma mais-valia para a elaboração do relatório do trabalho efetuado e das conclusões tiradas no local.
3. TAREFAS REFERENTES ÀS PESSOAS
Das tarefas referentes às pessoas consta a identificação de todas as pessoas que se encontrem no local, com destaque para aquelas que tenham mais proximidade dos factos ou das vítimas. É essencial que a vítima seja identificada e que se localize, para entrevista, o indivíduo que comunicou ou o primeiro a dar conta do facto.
Em alguns casos deve ainda circular-se entre curiosos e escutar comentários que eventualmente interessem para o caso.
PROCEDIMENTOS A CUMPRIR NO LOCAL DO CRIME (pelas forças de segurança)
TÉCNICAS A SEREM EXECUTADAS:
Quero abordar, principalmente, as áreas que devem ser delimitadas e isoladas, para os casos distintos de crimes de morte violenta, de acidente de tráfego e de crimes contra o património.
Evidentemente que a preservação dos vestígios será uma consequência inicial do correcto isolamento (delimitação) da área, além da conduta firme e vigilante do elemento policial em não permitir nenhum acesso ao interior da área isolada.
Para que as autoridades policiais e quaisquer outros policiais tenham condições de fazer um correcto isolamento e conseqüente preservação nos locais de crime, é preciso que detenham alguns conhecimentos técnicos e cientificos para, no mínimo, saberem distinguir tudo o que possa ser vestígio e, portanto, de grande importância ao exame dos peritos. Dada a precariedade de grande parte dos cursos de formação policial nas Escolas, é compreensível a falta de conhecimento (neste campo), dos elementos policiais.
LOCAL DE CRIMES CONTRA A PESSOA (MORTE VIOLENTA):
A área a ser isolada nos casos de crimes contra a pessoa compreenderá, a partir do ponto onde esteja o cadáver ou de maior concentração dos vestígios até além do limite onde se encontre o último vestígio que seja visualizado numa primeira observação. Essa área terá formato irregular, pois dependerá da disposição dos vestígios e também não se pode estabelecer tamanho ou espaços prévios.
Dependerá sempre da visualização que o policial fará na área, com o objetivo de observar até onde possam existir vestígios. Como prudência, é de bom termo proceder ao isolamento tomando-se um pequeno espaço além do limite dos últimos vestígios, pois nesses tipos de ocorrência poderá haver elementos técnicos a serem observados em áreas adjacentes.
Nesses locais de morte violenta, a visualização de alguns vestígios, em determinados casos, não é tarefa fácil, dadas as variedades e subtilezas desses elementos presentes numa cena de crime.
Nas situações em que haja vítima no local, a única providência é quanto à verificação se realmente a vítima está morta. A partir dessa constatação, não se deve tocar mais no cadáver, evitando-se uma prática muito comum de mexer na vítima e em seus pertences para estabelecer a sua identificação.
LOCAIS DE CRIME CONTRA PATRIMÓNIO
Esses tipos de ocorrências são tão diversificados que fica difícil estabelecermos um parâmetro básico para o isolamento e preservação do local. Por essa razão, vamos nos debater com aqueles mais conhecidos e de maior incidência, nomeadamente veículos, furtos com arrombamento e roubos. Os veículos objectos de exames periciais, quando são produtos de furto ou roubo, devem ser devidamente preservados em todo o seu estado tal como foi encontrado, evitando-se ao máximo interferir nos vestígios que possam ter na sua estrutura.
Há uma tendência (ou vício) natural dos próprios policiais em abrir o veículo ou entrar no seu interior, procedimento errado se considerarmos que, fatalmente, com esse tipo de acções estarão a produzir outros tipos de vestígios que, no caso, serão ilusórios e nada terão a ver com os originalmente produzidos pelo delinqüente.
Nesse contexto dos vestígios que possam existir num veículo furtado, um dos que mais estão sujeitos a serem destruídos são os fragmentos de impressão digital. Também outros vestígios que poderão estar no interior do veículo, correm esse risco de serem alterados ou perdidos totalmente pela falta de cuidado com a preservação dos vestígios. No caso dos veículos, o ideal é que a equipa da Polícia Técnica faça os exames no local onde fora encontrado, deixando-se os restantes procedimentos para depois da perícia, tais como a sua remoção ou chamar o proprietário para levar o veículo. Na prática esses procedimentos são difíceis de serem implementados e a principal razão é a falta de estrutura adequada da perícia em atender prontamente a todas as perícias requisitadas, o que leva a polícia a providenciar o reboque para o veículo até ao pátio da esquadra ou até instalações da Polícia Técnica a fim de ser (observado), periciado. É neste manuseio do veículo que os policias envolvidos na operação devem ter muita cautela e consciência da importância em terem o máximo de cuidado para preservar os vestígios naquele veículo.
Os locais de roubos (assaltos) trazem, normalmente, muitas dificuldades para a perícia, tendo em vista a exigüidade de vestígios. Os mais encontrados, quando se trata de roubos em ambientes fechados, são os objetos e móveis em completo desalinho, causado pela movimentação de procura de coisas a serem roubadas. Nesses casos, toda essa disposição dos objectos em desalinho deve ser mantida para que os peritos possam fazer os exames de toda a situação deixada pelos assaltantes. Os vestígios de fragmentos de impressão digital são também muito prováveis de serem encontrados, necessitando de rigorosa preservação. Portanto, caberá aos elementos policiais orientarem os moradores para que não toquem em nada do que fora manuseado pelos delinqüentes.
Nos furtos com arrombamento nós temos a maior incidência dentro dessa classificação de crimes contra patrimónios. São os chamados locais de arrombamento, que ocorrem nas residências ou prédios públicos e comerciais, um dos que mais ocorrem no quotidiano da sociedade.
Nesses locais os policias deverão orientar as vítimas a não tocarem em nada, a fim de evitar a adulteração ou destruição dos vestígios. Preferencialmente, seria conveniente que as pessoas (vítimas) de uma residência furtada nem sequer entrassem no recinto até que os peritos tenham realizado a respectiva perícia.
No entanto, voltando à nossa realidade de alta demanda e poucos meios para atende-la, acontecem casos em que a Polícia Técnica pode levar várias horas até atender determinada ocorrência dessa natureza. É nesses casos, principalmente, que os elementos policiais devem explicar as dificuldades estruturais e pedir a colaboração das pessoas na preservação dos vestígios.
Imaginem a dificuldade de se preservar os vestígios, se tivermos as pessoas transitando pelo interior do recinto. Essa é a parte primordial de orientação que os elementos policiais devem passar aos moradores e/ou responsáveis pelo ambiente arrombado.
TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL E SEUS PROCEDIMENTOS (policial)
JÁ RETRATAMOS EM CIMA DESTE TEMA, APENAS UM COMPLETAMENTO MAIS PORMENORIZADO DA AÇÃO POLICIAL
Primeiros passos dados pelo criminalista numa cena do crime:
1º) O local do crime é isolada para que nenhum vestígio se altere, contamine ou perca. Deve continuar intacta até que a equipa Polícia técnica termine o seu trabalho;
2º) Começa uma rigorosa inspeção técnica, ocular pela procura de indícios, que deve fazer-se de forma conscienciosa e sistemática. Os elementos da Polícia Técnica, responsáveis devem documentar o local, fotografando no geral ao pormenor: o espaço, os vestígios, as vítimas se houver e, outros itens indispensáveis à análise do crime.
3º) Fazer filmes (esboços), desenhos ou fotografar, pode também ajudar na localização relativa de itens de vestígios, mobílias, distância entre edifícios, etc. Deve-se ainda registar, por escrito, moradas envolventes, do local do crime, tempo de chegada e partida, cheiros, sons estranhos, temperatura e tempo e outras circunstâncias relevantes que ajudam apurar melhor os acontecimentos no local do crime.
4º) Todos estes registos devem refletir o aspeto do local, tal como foi encontrado. Em alguns casos, a Polícia Técnica digitaliza, em alta resolução, os cenários para trabalhar depois num ambiente virtual.
Recolha das provas indícios:
Depois de tudo que se encontra documentado, inicia-se a recolha dos vestígios encontrados:
A prioridade são as provas físicas como fluidos biológicos, impressões digitais, entre outras, pois podem, com o tempo, ficar deterioradas. Esta 1ª análise do local do crime é muito importante, por isso, os elementos da Polícia Técnica, devem ter a certeza que reuniram todos os vestígios, documentos e objetos relevantes. Depois desta análise, as provas são enviadas para o laboratório.
INVESTIGAÇÃO NO LOCAL DO CRIME
1º Fase de análise é muito Importante, por isso deveremos isolar bem o local do crime ou da ocorrência;
SE PARAMOS UM POUCO E OLHAMOS PARA O CHÃO A NOSSA VOLTA.
Se vires com muita atenção, e se vires bem de perto, encontrarás vestígios da tua pessoa. Há fragmentos minúsculos da tua pele, do teu cabelo e da tua roupa que estão sempre a soltar-se constamente sem dares por isso. Se souberes o que procurar, poderás ver todo o tipo de indícios ligados a ti e só a ti. Mesmo que não seja intencional deixamos sempre um rasto nosso.
Por ex.: se analisamos a nós mesmo, e olhares bem as tuas unhas e na sola dos sapatos, dentro dos teus bolsos e cheira a tua roupa. Tudo isso são indicadores que podem constar na análise, do local do crime, podes ter pequenos fios de carpete agarrados a ti, cheiros que pairam no ar do local do crime ou da ocorrência podem estar impregnados nas tuas roupas e no teu cabelo. Aonde quer que vás, deixas sempre um rasto de ti de vestígios da tua presença e, em troca, levas sempre contigo rastos do local aonde passas, e também das pessoas que conversastes ou cruzaste. Por norma no dia-a-dia esse rasto não tem valor nenhum, mas num local de um crime faz toda a diferença. O rasto por mais insignificante que seja, pode indicar e dizer quem cometeu o crime, quando e até porquê.
FACTOS IMPORTANTES QUE POSSUÍMOS QUE PODEM SER IMPORTANTES:
Os objetos dão muitas pistas, que podem ajudar e estar ligados a uma pessoa especifica. Fornecem dados mais óbvios do que outros.
- Os telemóveis mostram as últimas chamadas feitas, e recebidas.
- Os documentos (cartões), de uma carteira revelam a identidade do seu proprietário, bem como muitas das vezes a sua classe social bem como o seu estatuto.
- O calçado nos revela e mostram onde essa pessoa esteve, a sua sujidade determina e darmos informação importante do local aonde passou, que sitio esteve etc...